A importância do pai

A autoridade do pai deve ser utilizada para dar orientações seguras e gerar confiança e independência.

Para um desenvolvimento emocional positivo e seguro dos filhos, que os auxilie a lidar bem com as diversas situações da vida, é importante crescer em um lar no qual pai e mãe estejam presentes e ofereçam apoio incondicional, conforto e proteção.

Nesse contexto, o papel da mãe já costuma ser percebido e valorizado pela sociedade, mesmo porque a mulher naturalmente se vincula com os filhos desde a gestação.

Para o homem este é um processo que precisa ser construído através de um desejo consciente de aproximação aos filhos desde pequenos. Por esse motivo, dedicaremos este artigo à importância desta relação.

Diversos autores da psicologia afirmam que a ausência da figura masculina pode produzir conflitos no desenvolvimento psicológico e cognitivo da criança e acarretar distúrbios de comportamento.

Isto porque é a partir da interação com o pai, que a criança começa a descobrir a relação com o mundo e a desenvolver mais segurança para explorá-lo.

A autoridade do pai deve ser utilizada para dar orientações seguras e gerar confiança e independência.

Cabe aos homens assumirem seu lugar na educação dos filhos. O modelo masculino é fundamental para o desenvolvimento saudável da identidade dos meninos e também das meninas.

É importante ressaltar aqui que a presença do pai jamais poderá ser delegada ou compensada por bens materiais (brinquedos, roupas, quartos espaçosos, viagens e outros).

Mais tarde, os filhos adolescentes buscam na figura masculina um modelo para se identificar e, no caso das meninas, para sua autoestima e segurança. (Recomendamos o livro: Pais fortes, filhas felizes).

Se o pai não ocupar este lugar o quanto antes, os filhos podem colocar outras pessoas em seu lugar, sendo grande o perigo de não selecionarem um bom modelo para esta identificação.

A complementariedade do pai e da mãe, a capacidade de definirem em conjunto a educação dos filhos, possibilitará um modelo de crescimento saudável, com uma base estrutural para que cada filho seja um adulto maduro e cada vez mais feliz. Se por algum motivo o pai biológico não puder estar presente, é importante que outra figura masculina ocupe este lugar (avô, tio ou outro adulto).

Algumas dicas para os pais:

– Desde o nascimento do bebê, seja proativo e compartilhe as tarefas com a mãe: dê banho, troque fraldas, coloque para dormir. Pode ser que no começo seja mais difícil, pois o bebê está acostumado com a mãe (ela é a fonte de vida dele), mas insista com sua presença ativa.

– Converse com os pediatras, professores e profissionais que atendem sua criança.

– Participe da rotina da criança (se você estiver distante e quer se aproximar, comece perguntando para as pessoas que estão mais próximas, quais são os seus gostos e preferências) das atividades e brincadeiras.

– Aprenda junto e proporcione muitos estímulos de qualidade.

– Mantenha um fluxo livre de comunicação: faça perguntas, fale sobre seus sentimentos e sempre preste atenção no que conta.

Vale ressaltar que desenvolver essa convivência não é fácil, exige doação de tempo e doação de si. Mas vale a pena!

Este post contou com a colaboração das psicólogas 
Bárbara Subtil de Paula Magalhães e Patrícia de La Sala 
dos estudos do “Observatório da Vida”.