Amor e Paixão

De acordo com Scott Peck, de todos os falsos juízos sobre o amor, o mais poderoso e infiltrado é a crença de que “apaixonar-se” é amor ou, pleo menos, uma das manifestações de amor. Ele acredita ser uma concepção errada, porque a paixão é experimentada subjetivamente de uma forma poderosa como uma experiência de amor. Quando uma pessoa se apaixona, o que ele ou ela sente com certeza é “amo-o” ou  “amo-a”. Mas dois problemas aparecem imediatamente. O primeiro é que a experiência de se apaixonar é especificamente uma experiência erótica ligada ao sexo. Não nos apaixonamos pelos nossos filhos, embora os amemos profundamente. Não nos apaixonamos por amigos do mesmo sexo, a menos que sejamos homossexuais, por muito que gostemos deles. Apaixonamo-nos só quando somos, consciente ou inconscientemente, motivados sexualmente. Nas ligações do amor romântico, o elemento do amor sublime tende a predominar sobre o ardor sexual.

Texto de Regina Navarro Lins,
tirado do livro “Novas formas de amar” 
Editora Planeta, 2017, SP - pág 62
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